sábado, 10 de setembro de 2011

Marcha das Vadias Belém

A LUTA ESTÁ SÓ COMEÇANDO...

Marcha das Vadias - Belém

O domingo do dia 28 de agosto, sem dúvida, foi um domingo ímpar para a cidade de Belém, pois foi o dia em que as “Vadias” tomaram as ruas com seus shorts curtos, mini- saias, sutiãs, cartazes, gritos e falas de protesto. Segundo dados oficiais, a Marcha reuniu cerca de mil pessoas ao longo do trajeto. Tornando-se assim, a maior Marcha das Vadias do Brasil.
Tal fato deu-se por vários motivos, entre eles: o empenho da comissão organizadora que desde julho começou a pensar na Marcha reunindo diversos coletivos e mulheres independentes e também a necessidade de boa parte da população paraense, homens e mulheres, de saírem às ruas com o sentimento de indignação para dizer “Basta! Chega de violência contra a mulher! Chega de Machismo!”
Nesse ato as mulheres de Belém foram protagonistas de sua luta. A comissão de frente formada por mulheres vestidas de preto simbolizava o luto, a morte, estupro e denunciava o descaso e a opressão, muitas vezes silenciosa, que sofremos no dia-a-dia. Ao final do protesto ocorreu uma intervenção teatral com o intuito de mostrar que a marcha não era sobre sexo, era sobre violência. E que todos em caminhada pelas ruas gritavam com repúdio contra o domínio e o poder do machismo.
Fomos noticias nos principais jornais de Belém e nossas imagens se espalharam em sites e blogs de todo o Brasil. Infelizmente certa parte da mídia, não só paraense, distorceu o verdadeiro objetivo da marcha, tentando de certa forma desqualificar o debate sobre violência contra a mulher. A organização da Marcha das Vadias em Belém  lamenta tal fato.
Entendemos que há muito ainda para avançar em um sistema que em sua essência é desigual e excludente. É importante perceber que a pauta das mulheres não esta dissociada de outras pautas e que nosso debate deve estar em todos os lugares para alcançar a igualdade, o fim da opressão e o fim da violência contra nós, mulheres.
A Marcha das Vadias, em Belém, cumpriu o seu papel! Trouxe à tona questões como a agressão sexual, verbal ou psicológica, a opressão e o machismo. E com isso, aglutinamos setores distintos em uma mesma luta: O FIM DO DOMÍNIO VIOLENTO CONTRA A MULHER.
Muito ainda temos pela frente, pois o Pará continua sendo o 3º Estado, segundo estatísticas oficiais, em ligações para o número 180 (número de denúncias) e nossa rede de atendimento à mulher continua  em frágil situação. Somos, ainda, um número real de quatro mil mulheres violentadas por ano no Brasil. Por isso é NECESÁRIO que os protestos e as lutas continuem.
A Organização da Marcha das Vadias agradece, sinceramente, a tod@s @s que estiveram presentes no dia 28 de agosto de 2011, em prol de nossa luta, a luta das mulheres!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Agradecimentos

   A Marcha das Vadias Belém gostaria de agradecer a tod@s que participaram não só da organização, mas também do evento, claro. O ato foi considerado um sucesso pelas presentes na reunião do dia 31/08, tivemos muitos aprendizados e com certeza marcamos a cidade.
  Nenhum contato será excluído e continuaremos nos organizando para as próximas, não vamos parar. Que Belém se prepare por que as vadias vieram para ficar!

domingo, 28 de agosto de 2011

A MARCHA FOI UM SUCESSO!

Orgulho de ser Mulher Paraense !


Fotos: Rayane Ataíde
 


Foto:Ediane Jorge




Foto: Igor Mota/Futura Press


Reunião de avaliação da marcha:
Quarta-feira , 31/08, no Centur às 19 horas.
Vamos lá conversar sobre o sucesso da Marcha das Vadias em Belém. Participe!

sábado, 27 de agosto de 2011

Vamos lá Vadias!!!!


Está chegando nosso dia de mostrar que somos livres e queremos mais, muito mais!
E a partir de agora, mexeu com uma; mexeu com todas!

Marcha das Vadias em Belém
Dia 28 de Agosto de 2011
Itinerário: Escadinha do Porto/ Estação das Docas via Av. Presidente Vargas até a Praça da República.
Concentração às 9:00 da manhã.

twitter@mdvbelem

Relatoria da reunião da MDV-Belém do dia 22 de Agosto de 2011:


Quarta-feira(dia 24 de Agosto)
Oficina  de “extensio” no Centur   
Horário: às 19h
Responsável: Lívia Ferreira e Bruna Suelém
Obs: Temos que levar os materiais
Materiais: Chapa de raio-x,papel chamex,lápis,borracha,spray ,estilete,régua

Quinta-feira (dia 25 de agosto)
Mobilização UFPa
11:30 R.U ( Básico e Profissional )
17:30 ( Portão Terminal )
Obs: A data mudou por causa da paralisação que terá na quarta.

Quinta-feira (dia 25 de agosto )
Oficina de cartazes
15h Haal da reitoria da UFPa.
Obs: cada menina deve  levar duas cartolinas ,canetinha e piloto
O Coletivo ENECOS irá facilitar  a oficina de catarzes.

  •  Foi formada uma comissão para ajudar na intervenção no dia do ato.
Integrantes: Isa,Rose,Angélia e Samily.

  • Será feito coleta entre as meninas para pagamento dos adesivos.
Leila Bentes -  Relatoria

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Adesivo vencedor


Pela votação no facebook, ganhou esse adesivo. Vamos correr atrás dos orçamentos.
Quem quiser contribuir é só mandar recado para o email da marcha:marchadasvadiasbelem@gmail.com







Divulgação da Panfletagem


Dia 16 (Terça ) às 12h, no RU do CCSE (Djalma Dultra);
Dia 17 (Quarta ) às 12h, no Campus II (Almirante Barroso);
Dia 17 (quarta )às 16:30h, no CCNT (Enéas Pinheiro);
Dia 18 (quinta )às 10h, Campus de Enfermagem (José Bonifácio, quase esquina com Mundurucus);
Dia 19 (quinta )às 13:30h, no Campus de Ed. Física.

UFPA
Dia 24 (Quarta )de Agosto, ás 11h R.U e ás 17:30 portão ( terminal)
Dia 25 (quinta) oficina de cartazes –Hall da reitoria, ás 16h.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A Piramutaba Justiceira e o verdadeiro caso do assassinato de Amy




Esta é mais uma série de foto-drama que está sendo construída a partir das redes sociais, depois de ‘amor venéris ou um colar de brilhantes para uma pobre donzela’ que rolou em 2009, agora temos um novo jogo: apropriação visual de ícones da cultura pop, conectividade amazônida e criação artística em rede.

O jogo é mesmo lúdico, infantil e extremamente prazeroso e ainda tem a vantagem de, com tudo isso, não machuca, não dói, não engorda, não engravida nem pega DST.
Visualmente construído de maneira livre, dialética e colaborativa nas redes sociais “A Piramutaba justiceira e o verdadeiro caso do assassinato de Amy” chuta pra longe esse papo brabo de estética do cotidiano e busca de verdades absolutas, muito exploradas na fotografia pelo seu caráter documental, e usa a fotografia para documentar inverdades, calúnias mediáticas e questionar mesmo o meu posicionamento diante da receptividade da cultura pop e das imagens que consumimos, e quando consumimos o que devolvemos disso tudo. Regorgitar talvez seja interessante, questionamento que surge na minha alma, individualmente e parte em busca de outros olhares, outras consciências, mais formas de fantasia, mais meios de representação de desejos.
Fugir do colonialismo cultural, abraçando-o, um tomara-que-caia vestidos por muitos seios, ou uma tanga de cerâmica difícil de caber na buceta estrangeira, já não me percebo nesta dualidade de bem x mau (& mal). Diluo-me na não fronteira y perco-me a criar imagens de terras jamais prometidas, nasce a já velha e desbotada “piramutaba” a partir dos questionamentos que passei a me permitir durante a construção (nas redes sociais) da Marcha das Vadias Belém. Aconteceu no meio de tanto blá a morte da cantora Amy Whinehouse, mesmo sendo ela portadora de talento singular, foi crucificada pelo comportamento, depois de ouvir tantos comentário mega-machistas sobre a ela pensei: E se a tivessem assassinado? Imediatamente joguei virtualmente com as pessoas que me deram trela: surgiu um roteiro, nasceu o fotodrama.
Sendo assim, a direção de arte desta proposta busca firmar nas fotos a dimensão dos HQs e filmes de outro londrino que admiro bastante Alfred Hitchcock (em especial ‘Disque M para matar’), nas pesquisas dos enquadramentos, da expressão das personagens e na atmosfera, sobretudo, nos enredos que envolvem crimes passionais, suspense e mundo-rock. Ainda, as personagens pescadas ao acaso são Amy Whinehouse, Cher e Frank Zappa, por enquanto, já que a caracterização corporal é também um ponto importante para este trabalho, estou buscando indivíduos paraoaras que se assemelhem a personalidades Pops.
Bela do Lago


Segue o link pra um texto muito bom, escrito pela Lola Aronovich. Uma excelente escritora, aproveitem! 

http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2011/06/entao-o-mundo-ta-cheio-de-psicopatas.html

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Mexeu com uma, mexeu com todas!





Carta Manifesto



A Slut Walk ou Marcha das Vadias teve inicio no Canadá em resposta a conduta machista de um policial.  Este declarou que as mulheres eram vítimas de ataques sexuais, pois se “vestiam como vagabundas”. A partir do fato, inúmeras manifestações surgiram em todo o mundo. No Brasil, a cidade de São Paulo foi a primeira capital brasileira a organizar a Marcha, seguidas das cidades do Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, Brasília, Salvador e outras.
As mulheres saíram às ruas com o objetivo de reafirmar a autodeterminação sobre os seus corpos e para combater essa sociedade que as educa para não serem estupradas, porém não ensina a NÃO estuprar.
Agora é a nossa vez de sair às ruas em Belém!
Marcharemos para combater a violência cometida contra as mulheres no nosso Estado! As estatísticas provam que, hoje o Pará é o terceiro estado no ranking de queixas de violência contra a mulher, são mais de 237 queixas a cada 50 mil mulheres paraenses. Somando um total de mais de quinze mil queixas em menos de seis meses.
A MARCHA DAS VADIAS acontecerá, pois somos chamadas de vadias todos os dias por usarmos roupas curtas, por transarmos antes do casamento e por lutarmos pelos nossos direitos. Já fomos chamadas de vadias por sermos divorciadas, por simplesmente dizer “não” a um homem, e ainda hoje somos chamadas de vadias por sofrermos estupro. Já fomos e somos diariamente chamadas de vadias apenas porque somos MULHERES.
 Chamam-nos de vadias por ousarmos desafiar essa lógica pré-estabelecida imposta por uma cultura de subordinação e moldada sobre os alicerces patriarcais de nossa sociedade. Somos protagonistas basilares das conquistas de todos os nossos direitos e de instrumentos importantes de combate a violência. Entretanto, alterar as leis, criar mecanismos de proteção ainda não dissipou o “costume” de matar, abusar, explorar suas companheiras, esposas, filhas, irmãs... Mulheres. 
  Por isso nós marchamos!
  Pela prevenção da violência, por posições igualitárias e incondicionais, pelo direito a voz e ao grito, pelo domínio de nossas vidas, pelo direito de ir e vir com segurança, pelo direito de dizer SIM ou NÃO sem sofrermos qualquer tipo de rotulação.
  Marchamos por respeito, não somos mercadorias e nossos corpos não são objeto de prazer e consumo dos homens. Somos contra a lógica da cultura do estupro e contra as piadas que acabam reforçando e naturalizando tal conduta.
 Nós marchamos pois infelizmente a violência contra as mulheres é um fenômeno mundial e atinge a todas, em todas as idades, raças e classes sociais, que sofreram ou sofrerão algum tipo de violência ao longo da vida, seja simbólica, psicológica, física ou sexual.
 Tomaremos as ruas para sermos reconhecidas como MULHERES, como pessoas LIVRES e IGUAIS. Somos fortes, somos livres, somos donas de nós mesmas, somos santas e putas. Somos vadias e vagabundas, Temos o direito de agir, de nos vestir e de nos expormos do jeito que desejarmos. Somos mães e trabalhadoras. Somos estudantes. Somos LIVRES!
  E a partir de agora, mexeu com uma; mexeu com todas!


Dia 28 de Agosto de 2011
Itinerário: Escadinha do Porto/ Estação das Docas via Av. Presidente Vargas até a Praça da República.
Concentração às 9:00 da manhã.